1. Assim como na gestacão, você não vai precisar comer por você e pelo bebê. Uma alimentação equilibrada, balanceada é sempre mais importante.
2. Existem três grupos de alimentos: construtores, energéticos e reguladores. É fundamental que todos eles estejam presentes em sua alimentação:
- Alimentos construtores são responsáveis pela construção e reparação de tecidos corporais. São as proteínas, tais como carnes em geral, ovos, leite e derivados. As proteínas participam da multiplicação das células e, por isso, são essenciais para o crescimento da criança.
- Alimentos energéticos (os carboidratos) são responsáveis pela produção diária de energia necessária para as nossas atividades. São os pães, massas, inhame, mandioca, cará, batata,mandioquinha, batata-doce, biscoitos, mel, doces em geral, além de cereais (arroz, trigo, aveia) e farinhas.
- Alimentos reguladores (vitaminas e minerais) são importantes para manutenção da saúde, já que regulam tão diversos quanto complicados processos bioquímicos. Eles controlam o funcionamento do organismo e o crescimento da criança. Como estão presentes nos alimentos em quantidades bem pequenas, estes nutrientes são mais conhecidos como micronutrientes. Frutas e hortaliças são as melhores fontes.
- A ingestão de peixe três vezes por semana garante os níveis de ácidos graxos w-3no leite materno, proporcionando substratos para o desenvolvimento do sistema nervoso e da retina do lactente.
3. Mastigar bem os alimentos e beber água antes ou depois das refeições são dicas importantes.
4. Existem alguns alimentos cujo sabor e aroma podem ser identificados no leite materno e, eventualmente provocar cólicas no bebê ou ele pode “rejeitar” a refeicão por não gostar do aroma, como no caso do alho.
5. Não há necessidade de evitar nenhum alimento, mas se o bebê chorar muito, observe o que ingeriu antes da mamada.
6. Alimentos ricos em enxofre, tais como a couve-flor, couve, rabanete, repolho e espinafre, por causarem gases, podem perturbar o processo de digestão da criança.
7. Preferir alimentos ricos em: vitamina A (fígado, azeite de dendê), couve, couve, agrião, abóbora, cenoura, manga) Vitamina C: acerola, goiaba, morango, manga, laranja lima, mamão, pimentão vermelho e amarelo, bertalha, espinafre, couve folha). Cálcio: leite, requeijão, queijo minas, sardinha, salmão ) Ferro: (fígado de boi, carne bovina, e aves, ovos, banana, bertalha, espinafre, couve folha, leguminosas, melado de cana). Consumir frutas com alto teor de líquidos: melancia, melão, abacaxi, laranja, kiwi. Sucos, água.
8. Os vegetais têm liberdade para o consumo, com destaque para o agrião, aipo, rúcula e alface.
9. Alguma sugestões do que comer sem medo: Frutas (pêssego bem maduro, maçã, pêra, laranja lima, mamão, lima e figo), Vegetais (taioba, aipo, gergelim, rúcula, alface, agrião), Muita água e sucos, água de coco
10. Cuidado com: leite de vaca, café e chás de hortelã, mate e capim-limão, chocolate, amendoim torrado, álcool, vinho, adoçantes, chá preto, mate, refrigerantes a base de cola por influenciar o teor de ferro do leite humano, e a reserva hepática do lactente (bebê)
EVITAR:
- Edulcorantes artificiais na substituição do açúcar.
- Dietas e medicamentos visando perda rápida de peso.
- Alimentos como leite de vaca, vinho, repolho, alho,ovo couve-flor e chocolate em caso de gases ou cólicas no recém nascido.
- Bebidas com cafeína, (café, (até 150 ml dia, não é prejudicial) chá preto, mate, refrigerantes), por influenciar o teor de ferro do leite humano e a reserva hepática do lactente.
Alfafa ajuda na descida do leite (em chá, ou o broto na mistura de sucos s)
Observação importante: antes de eliminar alimentos que podem estar causando cólicas, verificar se os intervalos das mamadas não estão sendo muito curtos, (o que leva a sobrecarga de lactose e, conseqüentemente à flatulência). A ingestão de álcool não é recomendada durante a amamentação, pois provoca mudança no odor do leite materno, levando à sua recusa.
A tensão ou o estresse do ambiente pode deixar o bebê tenso e agitado, acentuando a cólica. Normalmente as cólicas geralmente ocorrem ao fim do dia quando todos estão mais cansados. Se a mãe fica nervosa, o bebê sente essa ansiedade e insegurança, por isso a mãe tem que tentar ficar o mais tranqüila possível e passar segurança para o seu bebê com muito amor e carinho.Uma boa estratégia: amamentar ouvindo boa música: clássica por exemplo, confira os resultados!
Na crise da cólica, o calor ajuda na liberação dos gases que provocam a cólica. Colocar o bebê barriga com barriga com a mãe com as perninhas encolhidas, de barriga no seu antebraço, ou bolsa térmica com água morna na barriga do bebê ou massagens no abdômen do bebê ajudam na eliminação da dor.
Existem diversos sinais para perceber se o bebê está ingerindo a quantidade necessária de leite:
– O bebê mama diversas vezes durante o dia;
– em seguida da mamada parece satisfeito;
– Urina, no mínimo 6 vezes por dia;
– A urina não tem um cheiro forte;
– Quando está acordado encontra-se bem disposto
– O bebê está aumentando peso. Pese seu bebê semanalmente. A Organização Mundial da Saúde recomenda um aumento mínimo de 450 gr por mês, mas a mãe deve ter em conta o que o pediatra recomenda para o seu bebê.
IMPORTANCIA DO ALEITAMENTO MATERNO
Para o bebê
- O leite materno, contém todos os nutrientes de que a criança precisa nos primeiros seis meses de vida:
- Tem água em quantidade suficiente; mesmo em clima quente e seco o bebê que apenas mama no seio não precisa nem mesmo de água !
- Contém proteína e gordura mais adequadas para a criança;
- Vitaminas em quantidades suficientes. Não há necessidade de suplementos vitamínicos;
- Embora não possua grande quantidade de ferro, este é bem absorvido no intestino da criança;
- Quantidades adequadas de sais, cálcio e fósforo;
- É de fácil digestibilidade, sendo portanto mais facilmente absorvido pelo bebê o qual mama com maior frequência do que aquele que toma mamadeira.
- De uma forma geral, as crianças que mamam no peito são mais inteligentes.
- Aumenta o laço afetivo mãe-filho, fazendo o bebê sentir-se amado e seguro: crianças que mamam no peito tendem a ser mais tranquilas e mais fáceis de socializar-se durante a infância.
- Facilita a liberação de mecônio (as primeiras fezes do bebê), diminuindo o risco de icterícia e protegendo contra obstipação (prisão de ventre).
- O leite materno promove o crescimento no intestino da criança de microrganismos (lactobacillus) que fermentam o açúcar do leite (lactose) tornando as fezes mais freqüentes e menos consistentes, pricipalmente nas duas primeiras semanas de vida. Estes microrganismos impedem que outras bactérias se instalem e causem diarréia.
- Leite materno contém endorfina, substância química que ajuda a suprimir a dor.
- Crianças que tomam mamadeira têm maior risco de obesidade na vida adulta.
- O leite materno protege o bebê de infecções (especialmente diarréias e pneumonias);
- Possui anticorpos, leucócitos e outros fatores anti-infecciosos, que protegem contra a maioria das bactérias e vírus. Portanto, crianças que mamam no peito tem risco 11 vezes menor de morrer por diarréia, 4 vezes menor de morrer por pneumonia do que os bebês alimentados com leite de vaca ou artificiais.
- Nos bebês, o ato de sugar o seio é importante para o desenvolvimento da mandíbula, dentição e músculos da face, contribuindo também para outros benefícios, como o bom desenvolvimento da fala.
- O leite materno protege a criança contra alergias.
Para a mamãe
- Diminui o tempo de sangramento pós-parto e faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal :
- Quando a criança suga, a hipófise posterior da mãe é estimulada a produzir um hormônio (ocitocina) que contrai o útero diminuindo o sangramento e favorecendo que o útero volte mais rapidamente ao volume normal.
- Ajuda a mãe a voltar mais rápido ao peso pré-gestacional :
- Durante o último trimestre da gestação a mulher acumula energia sob a forma de gordura para cobrir os gastos calóricos com a amamentação. E, calcula-se que a mulher que amamenta exclusivamente gasta 704 Kcal/dia. Portanto, a amamentação ajuda a mãe a voltar mais rápido ao seu peso pré-gestacional uma vez que gasta as Kcalorias acumuladas.
- É um método natural de planejamento familiar (evite novas gestações) :
- Pode reduzir a chance de câncer de ovário e de mama :
- Estudos de populações demonstraram que mulheres que amamentaram com maior freqüência e por mais tempo, tiveram menor risco de câncer de ovário e de mama.
- É mais fácil e prático para a mãe :
- Está sempre pronto e na temperatura certa. Não se erra no preparo e nem há risco de contaminação. Não necessita de utilização de recursos domésticos para sua aquisição.
- Aumenta o vínculo afetivo mãe-filho :
- Estudos tem demonstrado que o contato do bebê com peito e o estímulo da amamentação na primeira hora após o parto, favorece o êxito da amamentação, prolongando o seu tempo e diminuindo o risco de abandono de crianças.
Para a família
- A amamentação é mais econômica para a família. No Brasil, um bebê pode custar metade de um salário mínimo por mês (incluindo mamadeiras, bicos, leites infantis, complemento, gás, remédios etc.);
- Como os bebês amamentados adoecem menos, os pais desses bebês têm menos problemas cuidando de crianças doentes, isso significa mais tempo para toda a família;
- Melhora a qualidade de vida das crianças e de toda a família.
Colaboração:
Leão, Leila Sicupira Carneira de Souza. Manual de Nutrição clínica. Editora Vozes 4ª. Edição Petrópolis – RJ – 2003
Vitolo, Márcia Regina . Nutrição da Gestação a adolescência – RJ 2003
http://www.nutriweb.org.br/n0101/amament.htm