Skip to main content

Combinação de Alimentos X desintoxicação alimentar

By 24 de fevereiro de 2011Nutrição

1) Quando uma pessoa está por demais intoxicada, é real: o organismo não administra mais nada. Sabotagens estão proibidas e os sintomas e doenças começam a acontecer, paralisar a vida da pessoa, sinalizando total estado de alerta. Neste caso, seguir ao pé da letra as recomendações das combinações alimentares é prudente, até que o organismo tenha mais espaço e recursos endógenos para digerir os alimentos, a sua vida, a si mesmo e as suas relações.

2) Quando a pessoa tem hábitos alimentares saudáveis, fazendo uso mínimo de alimentos que desativam e matam a vida como açúcar, doces, refinados e processados, e faz uso (maior que 50%) de alimentos crus e vivos, além de hábitos desintoxicantes etc., seu organismo está muito mais preparado (com saldo energético e nutricional positivos).

3) Assim como não se deve superproteger uma criança, inclusive de bactérias e vírus, não se deve superproteger nenhum sistema metabólico. Ou seja: não é possível oferecer ao nosso sistema digestivo, cardiovascular ou cérebro ZERO de estresse metabólico. Todos precisam ter flexibilidade, capacidade adaptativa e desenvolver inteligências. Existem alimentos da natureza, que contém em sua composição alguma das proibidas combinações, como batatas amiláceas que são doces, frutas que são gordurosas e protéicas. Devemos deixar de comê-las?: jamais, desde que com moderação. Aliás, moderação em tudo na vida!

As combinações razoáveis

Com o objetivo de facilitar a digestão, a combinação dos alimentos vem se tornado uma prática mais e mais aceita como uma necessidade.

Quanto mais carnívora a pessoa é, mais difícil seguir as combinações Mas, sabendo que este é o ideal, que existe um processo natural que envolve o tempo de prática, alimente-se com menos expectativas e mais ação. Aumentando o consumo de vegetais e integrais, chegará um momento em que o próprio organismo sinalizará as melhores combinações para ele.

Quanto mais intoxicado um organismo, mais subnutridas estão suas células. Mas, quando a digestão é facilitada, a assimilação dos nutrientes também será. Facilitando o trabalho digestivo, evita-se perdas e há ganhos energéticos.

Portanto, considere as combinações alimentares como um processo de transformação e cura: digestiva e afetiva e auxiliar na perda de peso

Lembrar que:

Limão e Tamarindo – Frutas super cítricas (5 a 8%) mas que tornam-se neutralizantes durante seu consumo (cruas). Portanto, combinam com todos os alimentos, com função terapêutica (mineralização, alcalinização, desintoxicação etc.) quando integradas com os de origem vegetal e somente facilitação digestiva quando integradas com os de origem animal.

Sementes das frutas oleaginosas germinadas e Brotos – Com o processo da germinação estas sementes e brotos tornam-se neutras. Percebam a magia: combinam com todos os alimentos. Combinam bem com frutas e ervas.

Sementes de cereais germinadas – Por serem amiláceas, mesmo germinadas ainda podem causar atraso digestivo (fermentações e gases) se combinadas com frutas. Liberadas para consumir com ervas e especiarias.

Hortaliças – As verduras, legumes, raízes, flores e ervas combinam-se entre si. Abacate, maçã e limão são as frutas que melhor acompanham as hortaliças.

Frutas Doces – Banana, caqui, figo, jaca, tâmara, uva moscatel, fruta do conde e frutas secas em geral, combinam-se entre si.

Frutas Cítricas e Sub-cítricas – Maçã, uva, pêra, ameixa, abacaxi, tangerina, laranja, manga, graviola. maracujá, goiaba e kiwi são exemplos de frutas que se combinam entre si.

Frutas Neutras – Abacate, mamão e limão são frutas que combinam com todas as outras frutas.

Melão e Melancia – Devem ser consumidos sozinhas, exceção para com o limão ou ervas digestivas como o hortelã e o funcho.

As necessidades diárias

Os alimentos devem ser classificados de acordo com a sua composição e riqueza nutricional. Ao planejar seu cardápio diário, lembre-se de variar ao máximo, evitando repetir as hortaliças que utilizou no dia anterior.

Entretanto, o valor de um alimento não está somente na sua composição química, mas no seu grau de digestibilidade. Mesmo com alimentos naturais, boa mastigação e lenta deglutição, não está completamente assegurado o êxito do processo digestivo, pois há alimentos que misturados com outros produzem atraso digestivo, perdas nutricionais , geração de gases e subprodutos tóxicos.

Variedade e composição dos vegetais

Cada parte do alimento tem sua função, no vegetal e também em nosso organismo. Os grãos, cereais e leguminosas, são mais concentrados em aminoácidos responsáveis pela construção das nossas proteínas; as raízes são riquíssimas em sais minerais e por esse motivo equilibram a alcalinidade do sangue; pelo talo circula a seiva que é o alimento da planta e nele encontramos vitaminas, sais minerais e enzimas que nos auxiliam no processo digestivo; a folha é riquíssima em fibras e clorofila, que tem grande importância na oxigenação celular; o fruto e as frutas são compostas pelo alimento da semente e contém neles os elementos necessários para a formação do vegetal e também todos os nutrientes essenciais à nossa sobrevivência.

Integração com os alimentos, com a natureza

Existem inúmeras regras de combinação de alimentos. Podem ser condensadas na seguinte conclusão: a digestão é facilmente executada quando consumimos os alimentos em sua forma mais simples, sem muita mistura.

Com relação às cores, estas devem ser muito bem variadas num mesmo prato, pois sabe-se que todo e qualquer elemento da natureza tem a sua cor característica. As vitaminas e os sais minerais, cada um tem sua cor, mesmo que muitas não tenham sido descobertas. Se o colorido for variado, é perfeitamente provável que naquele prato exista uma variedade de nutrientes, pois ao combinarmos as cores, combinamos também os elementos que as compõem.

Com relação à consistência é importante variarmos num prato alimentos de consistência mais dura e outros mais moles, para que possamos desenvolver formas de mastigação diferentes para cada consistência.

Realmente, culinária e alimentação são formas da arte! E se nos identificamos com ela, esta nos fluirá livremente, sem esforço, de uma maneira agradável e divertida. E o contato com esta arte nos leva ao conhecimento da natureza.

Combinações inadequadas

As limitações abaixo nem sempre são fáceis de praticar, mas são úteis no momento de uma doença crônica ou grave. Até mesmo para se fazer um estudo de alergias e diagnósticos. E, serão cada vez mais fáceis de seguir e praticar, quanto mais desintoxicada e vegetariana a pessoa vai se tornando.

O texto a seguir é da nutricionista Fátima Pinsard. Lembrar que as sementes oleaginosas ao serem germinadas passam a ser alimentos neutros que combinam com todos os demais

Para evitar os inconvenientes das más combinações, a melhor regra será simplificar as refeições e usar sua intuição. A quantidade é outro fator que intervém na digestão. Comer sem fome ou em excesso são fatores desequilibrantes na digestão, pois o corpo não assimila o excesso.

Evite líquidos durante as refeições, principalmente os que contém açúcar, pois desencadeiam a fermentação. Os líquidos apressam a deglutição antes de completar a mastigação e a ensalivação dos alimentos impedindo também a ação do suco gástrico até que sejam absorvidos. As bebidas geladas ou muito quentes alteram a temperatura da massa alimentar no estômago, cuja digestão fica interrompida até que seja atingida novamente a temperatura natural do corpo (36-37 graus).

1. Evite ingerir mais de dois alimentos amiláceos na mesma refeição, pois cada um tem um tempo digestivo. Isto provoca fermentação (gases e arrotos) e acidifica o estômago. Exemplo: macarrão + batata + pão.

2. Evite ingerir alimentos ácidos e amidos na mesma refeição. A digestão dos amidos começa na boca pela ação da ptialina, que os transforma em maltose (tipo de açúcar). A ptialina só atua em meio alcalino. A presença de ácidos danificam esta enzima favorecendo sua fermentação. Exemplo: macarrão com molho de tomate.

3. Evite ingerir amidos e açúcares na mesma refeição. A digestão dos amidos começa na boca e prossegue, em condições apropriadas, no estômago. Os açúcares não são digeridos nem na boca nem no estômago, a sua digestão se dá no intestino delgado. Quando consumimos isoladamente, passam rapidamente do estômago ao intestino. Quando consumidos juntos, ficam retidos no estômago aguardando a digestão destes. Como os açúcares têm a tendência à fermentação rápida, nas condições de calor e umidade existentes no estômago, a combinação amido e açúcares produz fermentação ácida. Exemplos: arroz doce, bolos e pães doce.

4. Evite ingerir duas proteínas concentradas na mesma refeição. Para uma digestão eficiente, cada proteína exige sucos gástricos de composições diferentes, além de tempos distintos. Exemplo: enquanto o suco gástrico necessário à digestão da carne tem seu pH máximo no início da digestão, o suco gástrico necessário à digestão do leite terá seu pH máximo no final. Exemplos: carne com leite, carne com ovos ou leite com nozes.

5. Evite ingerir proteínas e ácidos na mesma refeição. O início da digestão das proteínas se dá no estômago em presença da enzima pepsina que atua em meio ácido. A ingestão de ácidos em excesso irá inibir a ação desta enzima.

6. Evite ingerir proteínas com gorduras. A presença das gorduras nos alimentos diminui a atividade da secreção gástrica, além de baixar a quantidade de ácido clorídrico e pepsina no suco gástrico, atrasando a digestão das proteínas.

7. Evite ingerir leite com frutas ácidas. Quando o leite entra no estômago, ele coalha, envolvendo as partículas dos outros alimentos, isolando-os do suco gástrico.

8. Evite ingerir sobremesas (doces e sorvetes). Elas já constituem um excesso sobre a alimentação, sobrecarregando a capacidade digestiva. Além disso, geralmente são açucaradas, o que leva aos transtornos anteriormente mencionados.

9. Evite ingerir frutas ou sementes oleaginosas com frutas doces na mesma refeição porque a gordura ao se misturar com o açúcar produz fermentação alcoólica. Nota: Lembre que as sementes ao serem germinadas passam a ser alimentos neutros. Confira detalhes na Parte 1.

10. Evite ingerir frutas ácidas com alimentos ricos em amido, pois os ácidos, impedem a natural digestão dos amidos, causando fermentação ácida.

Tome seus sucos desintoxicantes 30 a 60 minutos antes de cada refeição principal. Dessa forma, sem maior esforço, estima-se que menos 100 calorias serão consumidas em cada refeição, revela um estudo da Penn State University, nos Estados Unidos.

E mais, não fique muito tempo sem se alimentar ou tomar líquidos, pois o corpo vai ficando desidratado. Nessas condições, o metabolismo fica 50 vezes menos eficiente, ou seja, maior probabilidade de acumular gordura. Tome água mesmo quando não estiver com sede. Quando você chega a sentir a boca seca, significa que não consumiu a quantidade necessária de água, e mais, o cérebro, o sistema digestivo e as células já estão com uma queda de no mínimo 30% de sua eficiência.

Pesquisas demonstraram que as pessoas que têm o hábito da hidratação regular ao longo do dia, se sentem mais saciadas após as refeições, em comparação com aquelas que tomam líquidos somente durante as refeições.

Nosso corpo confunde as sensações de fome e sede. Ao tomar um bom suco desintoxicante 30 minutos antes das refeições, haverá uma natural redução do apetite e da compulsão.

FONTE:
Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.

Leave a Reply

Close Menu

Atendimento Online e Presencial

Orientação nutricional:
Onívoros
Veganos
Vegetarianos

Medicina Tradicional Chinesa

Terapia Floral
Fitoterapia
Aromaterapia

Entre em contato: